Aluísio Azevedo

Saudado pelo talento literário desde a estreia nacional de O mulato, em 1881, Aluísio Azevedo permanece nas páginas de nossa historiografia literária como estrela de primeira grandeza, ao lado de outros festejados imortais da Academia Brasileira de Letras, na qual ocupou a cadeira de nº 4.

Aluísio Azevedo nasceu em 14 de abril de 1857, em São Luís, no Maranhão, e morreu em 21 de janeiro de 1913, em Buenos Aires, na Argentina. Filho de Davi Gonçalves de Azevedo, cônsul português no Maranhão, Aluísio era irmão mais novo de Artur Azevedo. Estudou pintura e desenho na juventude, no Maranhão. Com 19 anos, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde trabalhou como caricaturista para vários jornais e revistas e chegou a estudar um ano na Escola de Belas Artes. Em 1878, a morte do pai motivou seu retorno inesperado à terra natal. Deixaria novamente o Maranhão em 1882, já conhecido nacionalmente como o autor de O mulato. Até 1895 produziu intensamente peças, romances e artigos para a imprensa. Nessa época, publicou grandes romances, como O cortiço, Casa de pensão, O Coruja e muitos outros.


Em 1895, ingressou na carreira diplomática, após concurso na Secretaria do Exterior. Essa atividade o levará pela Europa, Ásia e América do Sul, vindo a falecer em Buenos Aires.

Ainda em vida, Aluísio Azevedo pôde desfrutar do sabor da consagração e, como poucos escritores no século XIX, teve o privilégio de acompanhar a reedição de vários de seus romances de grande acolhida popular, além de acompanhar traduções de vários deles para o espanhol e o francês.