Meu filho ficou de recuperação. E agora?

12 de dezembro de 2018

Segundo especialistas consultadas, ter paciência é a chave dessa fase – que não precisa ser estressante ou frustrante

filho de recuperação

Todo final de bimestre a vida acadêmica dos alunos, entre o ensino infantil e médio, é bem parecida: preocupação com as notas, recuperação e passar ou não de ano. Mas, segundo especialistas consultados pela Gaudí Editorial, todo esse período pode ser encarado de uma forma diferente e com muito mais fluidez e tranquilidade.

Ana Cláudia Crivellaro é orientadora educacional do Ensino Fundamental do Colégio Rio Branco e explica que são múltiplos os fatores que podem levar uma criança a ficar de recuperação. Além da dificuldade com uma disciplina específica, a desmotivação, problemas emocionais e a falta de atenção são as mais recorrentes.

“Às vezes as crianças perdem o timing de estudar por estarem mexendo na internet, celular ou até mesmo videogames”, conta a orientadora. Já o impacto dos fatores emocionais, a baixa auto estima de quem acha que não vai conseguir um bom resultado também impacta o dia a dia de quem estuda.

A recuperação precisa ser ruim?

Silvia Madeira, professora de Geografia e atualidades de alguns colégios e escolas que ficam em Diamantina, Minas Gerais, relembra um caso de uma aluna que dizia não conseguir aprender disciplinas exatas. Madeira, que era orientadora educacional na época, trabalhou de forma multidisciplinar com a aluna, com seus pais e também com seus professores. Os resultados vieram no fim do ano, quando ela passou sem grandes problemas.

“Esse caso foi muito especial para mim. Lembro de como a própria aluna acabou me agradecendo no final, dizendo que via como essas disciplinas que ela não gostava eram, na verdade, bem interessantes”, conta Silvia Madeira.

Para ambas as especialistas, há muito estigma negativo sendo colocado sobre a palavra “recuperação”. Enquanto os pais ficam preocupados em demasia, as crianças podem experimentar um sentimento de “fracasso”, contam.

Como os pais devem lidar com a situação?

Ao longo do ano, como explica Ana Cláudia Crivellaro, a escola é muito presente com o desempenho dos alunos. Por isso, a recuperação, na maioria dos casos, não deve chegar como uma surpresa. “Muitos pais já esperam por esse momento, já que a escola vem sinalizando desde o início que algo não está apropriado”, conta.

Apesar do momento delicado, a orientadora educacional do Rio Branco garante: “a recuperação deve ser vista como uma oportunidade. Principalmente, queremos que o aluno retome o conteúdo e não a nota em si”.

Silvia Madeira chama a atenção para a importância da paciência durante a recuperação. Ajudar com a rotina de estudos e a organização podem ser algo simples, mas exatamente do que os estudantes precisam.

“O que acaba acontecendo, muitas das vezes, é os pais olharem para a recuperação como uma punição, o que não é”, conta ela. Além da tensão, a recuperação pode ser, inclusive, um momento de repensar um comportamento que não têm dado resultados.

Como fica o reforço escolar?

Esse momento muda muito de acordo com a idade. Para os pequenos, os pais ou responsáveis podem sentar junto e fazer os exercícios passados para casa, contribuindo no processo de memorização e de aprendizagem. Para os estudantes mais velhos, os adultos podem refazer os exercícios mais difíceis. “É muito importante trabalhar no erro para que eles criem autonomia”, diz Silvia Madeira.

Mais velhos ou mais novos, não restam dúvidas: a depender do grau de dificuldade com a matéria às vezes só um professor particular para sanar todas as dificuldades.

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Promova a leitura em casa

Jargões do tipo que definem os leitores de hoje como o futuro de amanhã são cada vez mais comuns e não é por acaso. A leitura abre portas para o conhecimento e para o imaginário e quanto mais cedo for esta prática, melhor. É por isso que a temática “leitura na infância” deve ser abordada com extrema cautela.

Especializada em livros destinados à educação infantil, a Gaudí Editorial trabalha com obras que promovem o desenvolvimento linguístico, cognitivo e afetivo, imprescindíveis na primeira infância, estimulando a criatividade e a atividade psicomotora.

Conheça também o catálogo de literatura da Global Editora destinado ao ensino fundamental I e ensino fundamental II.